Café com literatura IX
Já falamos uma vez por aqui de Machado de Assis e seu ‘Dom Casmurro’. Mas, sempre vale a pena relembrar uma de suas obras, ainda mais quando ela envolve café. E que tal falarmos hoje de ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’?
O livro, que retrata a escravidão e as classes sociais da época (1880), é narrado em primeira pessoa pelo seu autor Brás Cubas, um ‘defunto autor’, ou seja, um homem que já faleceu e deseja escrever a sua autobiografia.
A exemplo de ‘Dom Casmurro’, durante esta narrativa Machado de Assis lembrou novamente do cafezinho:
“A dureza da interrupção, tratando-se de tamanho filósofo, equivalia a um descaso; mas ele próprio desculpou a irritação com que lhe falei. Trouxeram-nos café; era uma hora da tarde, estávamos na minha sala de estudo, uma bela sala, que dava para o fundo da chácara, bons livros, objetos d’arte, um Voltaire entre eles, um Voltaire de bronze, que nessa ocasião parecia acentuar o risinho de sarcasmo, com que me olhava, o ladrão; cadeiras excelentes; fora, o sol, um grande sol, que o Quincas Borba, não sei se por chalaça ou poesia, chamou um dos ministros da natureza; corria um vento fresco, o céu estava nitidamente azul.”
Gostou? E para aqueles que além do livro também gostam de conferir a história na telinha, em 2001, com a direção de André Klotzel, a obra ganhou vida nos cinemas com a interpretação de Reginaldo Faria (Brás Cubas) e Marcos Caruso (Quincas Borba).
Vale a pena pegar uma xícara de café e curtir mais essa importante obra da literatura brasileira.
Café Meridiano, um jeito café de curtir Machado de Assis.
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